Estadão

Para Guedes, redução de saldo do Caged após revisões não altera tendência

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira que a redução pela metade do saldo de empregos no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de 2020 após as revisões mensais não altera a tendência de recuperação do mercado formal.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), após o governo ter negado durante meses a subnotificação de demissões ao Caged durante a pandemia, o saldo de vagas com carteira assinada em 2020 já caiu pela metade depois das revisões mensais no sistema.

Em janeiro, o Ministério da Economia divulgou a criação líquida de 142.690 empregos no ano passado, mas o número real já despencou para 75.883 com os dados apresentados pelas empresas ao longo deste ano.

"Pode ter havido um erro do Caged, mas não é culpa do governo. São informações que vieram das empresas. Mas não há mudança quantitativa. Criamos 3 milhões de empregos desde a pandemia, não há mudança relevante em criar 50 mil a menos", disse Guedes, na 3ª Conferência de Comércio Internacional e Serviços do Mercosul.

Quando divulgado em janeiro, o Caged de 2020 acumulava 15,166 milhões de admissões e 15,023 milhões demissões. Agora, após dez meses de revisões mensais, o número de admissões subiu para 15,437 milhões, uma correção de 1,78%. Mas a quantidade de demissões aumentou para 15,361 milhões, um ajuste de 2,25%.

Guedes voltou a afirmar que a economia brasileira caiu menos na crise e voltou mais forte do que muitos economistas projetavam. "Apesar de todas as críticas, desempenhamos muito acima do esperado e anunciado", repetiu.

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