Estadão

Para IIF, processo de normalização das cadeias produtivas ainda não alcançou o pico

A escala das perturbações nas cadeias de abastecimento durante a pandemia de covid-19 foi verdadeiramente sem precedentes, de modo que – mesmo com os atrasos nas entregas a desaparecerem no decurso de 2022 – poderá levar algum tempo até que os aumentos de preços se normalizem. A avaliação é do Instituto de Finanças Internacionais (IIF), que aponta que gestores de inventário podem ainda estar mais avessos ao risco, levando-os a gerir os stocks de forma mais agressiva, o que significa manter as margens elevadas muito para além do fim da pandemia.

O IIF estima que a desinflação da cadeia de abastecimento ainda terá de avançar nos EUA. "Colocamos o pico desta desinflação no primeiro trimestre do próximo ano, enquanto a desinflação na zona euro atingirá o pico bem depois disso, dado que a invasão da Ucrânia pela Rússia é um choque adicional de oferta", afirma.

Os controles à exportação de mercadorias destinadas à Rússia perturbaram o comércio global, aponta o IIF. Há um aumento generalizado nas exportações para a Ásia Central desde a invasão, o que é considerável para países onde as exportações diretas para a Rússia diminuíram muito, além de países da UE com proximidade geográfica da Rússia, como a Polônia e a Lituânia, indica.

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