Sugerir a criação de comissões parlamentares de estudo ou investigação para os mais variados problemas ligados à administração, mesmo sem oferecer resultados práticos, é um dos atributos de qualquer vereador. Mas, para o vereador e líder do governo na Câmara Municipal, Samuel Vasconcelos (PT), essa alternativa antecipa o período de campanha eleitoral. Já o vereador Gilvan Passos (PSDB) contesta a ressalta o papel dos parlamentares.
“É lamentável a forma que se dá a disputa eleitoral no município. Nós estamos antecipando uma disputa que deveria ser dada no momento certo, até porque agora devemos pensar na população. Nós temos o tempo pedindo que haja bom senso. A obra está parada, chama o secretário e depois diz na tribuna o porquê da obra estar parada”, argumentou Vasconcelos.
Em contrapartida, o tucano Gilvan Passos criticou a desaprovação da comissão para analisar os atrasos na entrega do piscinão do bairro de Vila Galvão, que deveria estar concluído desde 2012. Ao GuarulhosWeb, a Prefeitura informou no final do último mês que a benfeitoria está prevista para o mês de agosto.
“Por que o medo de aprovar essa comissão? Agora eu tenho certeza de que a população está acompanhando e vendo realmente quem quer trabalhar. Tem uma colega vereadora do PT, a Eneide Lima, dizendo que comissão de estudo não vale nada. As pessoas lutam muito para serem vereadores e quando se elegem, infelizmente na hora de exercer o seu papel não têm coragem de assumir”, declarou Passos.
A Câmara Municipal tem em andamento três processos de estudos ou investigações em andamento. Em novembro do último ano foi aprovada a Comissão Especial de Estudos para investigar o excesso de buracos na cidade e por quais motivos não está havendo a devida manutenção. Uma delas está voltada para o aterro da Klabin e a outra para a limpeza nos pontos de ônibus. Cada uma delas pode ter até 120 dias de duração.
Como a base de sustentação ao prefeito Sebastião Almeida (PT) conta com ampla maioria na Casa (dos 34 vereadores, apenas 4 se declaram de oposição), mesmo as comissões aprovadas acabam sem resultados práticos.