A reação diante de uma nova proposta de reforma da Previdência não foi boa nem entre os vereadores da base do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Assim como os representantes da oposição ao governo na Câmara, eles temem o impacto que o tema possa provocar em suas bases eleitorais, muitas das quais formadas por servidores públicos da educação, saúde ou segurança pública.
Para a vereadora Luana Alves (PSOL), a proposta de Nunes é uma "declaração de guerra aos servidores". A parlamentar disse ser "impensável" tributar aposentados que recebam pouco mais que o salário mínimo, hoje em R$ 1,1 mil, no momento atual de pandemia e crise econômica. "Muitos deles são arrimo de família, sustentam uma casa com essa renda. Isso atinge mais pobres", afirmou Luana, que também contesta a inclusão de servidores da rede indireta, que costumam ter salários menores, na proposta.
Dono da terceira maior bancada da Câmara, com seis vereadores, o PSOL deve se juntar ao PT, que tem oito representantes, para combater o projeto.
O presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), declarou que vai se reunir com os líderes para definir se criará uma comissão especial ou não.
"É claro que não dá para penalizar os níveis do funcionalismo que já recebem menos. Vai haver resistência e vamos ver se o prefeito tem mesmo base para aprovar seu projeto. Será um teste", afirmou Antonio Donato (PT). As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>