O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira que a recuperação econômica, bem como a inflação, não é um movimento perfeitamente sincronizado, diferenciando-se de país para país. Durante fórum organizado pelo governo federal para investidores internacionais, Campos Neto afirmou que países emergentes sofreram com a mudança da alocação de capital em meio aos riscos da pandemia na dívida pública e taxas de juros mais baixas, abrindo assim um déficit em relação aos países desenvolvidos com maior capacidade fiscal de estimular suas economias.
A exceção, observou, foi a China, que seguiu absorvendo muito investimento.
Ao complementar o comentário, o presidente do BC também voltou a dizer que os alimentos têm peso maior sobre a inflação de países emergentes do que nas economias mais maduras.
"A forma como os países estão se recuperando não está acontecendo como o esperado (…). Cada país vai se recuperar de uma forma", afirmou o presidente do BC, durante participação no do Fórum de Investimentos Brasil 2021 (BIF).