Variedades

Paralamas do Sucesso vão ganhar um tributo ibero-americano

Os Paralamas do Sucesso vão ganhar um tributo ibero-americano. Nesta terça-feira, 24, o disco estará disponível para download gratuito na página da produtora Scream&Yell, que lidera o projeto ao lado do coletivo colombiano Fundación Barrio.

Com produção compartilhada a quatro mãos entre o brasileiro Leonardo Vinhas e o colombiano Andrés Correa, Caleidoscópio trará 18 versões assinadas por artistas de 11 países diferentes.

No repertório, clássicos como Una Brasilera (Uma Brasileira), gravada pela banda peruana Bareto; Linterna de los Afiebrados (Lanterna dos Afogados), dos argentinos Crema del Cielo; Alagados (Alagados), do grupo colombiano Animal de Ciudad, e Cinema Mudo (Cinema Mudo), dos venezuelanos Ulises Hadjis.

Segundo um dos idealizadores do projeto, Leonardo Vinhas, a escolha das bandas foi criteriosa e muita gente ficou interessada. “Eu e o Andrés Correa levantamos vários nomes. Acho que foram mais de 40, de vários países, os quais acreditávamos ter afinidade com a obra dos Paralamas. Procuramos quase todos esses nomes e buscamos quem teria interesse em participar dentro das condições – que era entregar um tema sério e em padrão profissional, mas sem qualquer remuneração. Ao fim desse processo, quase chegamos a ter o suficiente para um álbum duplo, aí achamos melhor editar um pouco para não perdermos o foco, e chegamos à escalação atual”, conta ele.

Esse é o sexto tributo oferecido pela Scream&Yell. Os anteriores foram Ainda Somos os Mesmos (em homenagem ao Belchior), Espelho Retrovisor (Engenheiros do Hawaii, que já ultrapassou a marca de 21 mil downloads), Mil Tom (a Milton Nascimento, próximo dos 20 mil downloads), Projeto Visto (uma troca musical entre brasileiros e portugueses) e Somos Todos Latinos (com 16 artistas independentes brasileiros regravando temas do cancioneiro pop e rock dos países de idioma espanhol).

Leonardo também expressou sua vontade em lançar esses tributos fisicamente, já que a qualidade sonora poderia ficar ainda melhor. “Desejo há; possibilidades, não. Os próprios Paralamas tentaram me ajudar nesse aspecto, me colocando em contato com a EMI, mas as negociações não avançaram. Como o tributo é feito com meus próprios recursos, não sou eu quem vou ter grana para bancar prensagem e custos de direitos autorais. Mas eu adoraria que fosse lançado fisicamente, sim”, conclui. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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