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Parceria com a China terá tratamento prioritário, diz Planalto

A presidente Dilma Rousseff afirmou que a Parceria Estratégica Global com a China terá tratamento prioritário durante o segundo mandato, diz a nota do Palácio do Planalto, divulgada nesta sexta-feira, 2, com informações sobre as reuniões bilaterais da presidente Dilma Rousseff com representantes de outros países.

Segundo o Palácio, Dilma considera importante a realização no Brasil, em 2015, da IV Reunião da Comissão Sino-Brasileira de Concertação e Cooperação (COSBAN), bem como da II Reunião do Diálogo Estratégico Global entre Chanceleres, na China. “A presidenta assinalou que o Brasil tenciona aprofundar a cooperação com a China na área espacial e disse que o lançamento, em dezembro passado, do satélite CBERS-04 abriu novo capítulo na colaboração bilateral em alta tecnologia”, diz o texto.

Segundo a nota, a presidente demonstrou satisfação com o interesse de empresas chinesas em investir em ferrovias no Brasil e classificou como “promissor” o diálogo entre Brasil, Peru e China sobre a ferrovia Transcontinental. “O vice-presidente Li Yuanchao, por sua vez, indicou a disposição da China em ampliar as importações de produtos manufaturados do Brasil e comprometeu-se em agilizar o processo de normalização das certificações para exportações brasileiras de carne para a China”, complementou o documento.

Venezuela

No encontro com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, os dois mandatários tiveram oportunidade de passar em revista temas bilaterais e regionais. A nota informa ainda que Dilma afirmou a intenção de retomar as periódicas reuniões bilaterais com a Venezuela, bem como de dar impulso a iniciativas voltadas para a integração produtiva e comercial.

O comunicado do Planalto destacou que a presidente disse que sempre que solicitado, o Brasil estará pronto a contribuir, em conjunto com os parceiros da União das Nações Sul-americanas (Unasul), para o diálogo interno na Venezuela. No plano comercial, Dilma lembrou as tratativas entre empresas brasileiras do setor de alimentação e medicamentos e o governo da Venezuela. Os dois presidentes concordaram que o processo de normalização das relações entre os Estados Unidos e Cuba deverá contribuir para a dinâmica de cooperação em toda a América Latina e Caribe.

Suécia

Já na reunião com o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven, a presidente disse esperar que, no segundo mandato, Brasil e Suécia possam fortalecer a parceria bilateral e manifestou a intenção de realizar visita ao país. “No campo da defesa, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que a compra pelo Brasil de caças Gripen NG inicia uma nova fase de cooperação bilateral, pautada pela transferência de tecnologias e conhecimento e que permitirá oportunamente a atuação conjunta dos dois países junto a outros mercados na região”, informou o Planalto no comunicado.

A nota destacou ainda que a cooperação na área de defesa dá oportunidade para que os dois países intensifiquem as relações econômicas. O Planalto informou que Dilma manifestou satisfação com os bons resultados da cooperação educacional, no âmbito do Programa Ciência Sem Fronteiras e que ficou muito satisfeita com o convite que lhe foi feito pelo primeiro-ministro para que visite a Suécia.

Guiné-Bissau

No encontro com o presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, o Planalto informou que a presidente reiterou seu discurso de posse de que continuará a ter na África uma das prioridades da política externa brasileira. “A presidenta expressou satisfação com o fortalecimento da democracia na Guiné-Bissau, após as eleições do ano passado, e disse esperar que essa nova fase possibilite a reconciliação nacional e a estabilidade política na Guiné-Bissau.” O comunicado disse ainda que o presidente da Guiné-Bissau solicitou a cooperação do Brasil na área de tecnologias para a produção do arroz, com objetivo de combater a fome e a pobreza. “A presidenta Dilma Rousseff comprometeu-se a instruir o Ministério do Desenvolvimento Agrário e a Embrapa a definirem rapidamente modalidades de cooperação com a Guiné-Bissau”, explicou o texto do Planalto.

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