Depois de a maioria dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestar a favor do recebimento parcial da denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os pedidos de afastamento do peemedebista ganharam força no plenário da Casa. Na noite desta quarta-feira, 2, o líder do PPS, Rubens Bueno (PR), disse que este é “um momento único para o País”, que gera “constrangimento” aos parlamentares.
“Isso não é mais possível, é muito constrangedor vir aqui dizer isso na frente do presidente da Casa”, declarou Bueno. O líder do PPS também mencionou a decisão do Conselho de Ética, ontem, de aprovar a continuidade do processo contra Cunha na Câmara. “Não há outro caminho. Pedimos a sua renúncia, para que a Câmara possa respirar e fazer com que o processo interno siga democraticamente. É gravíssimo. Mudou tudo a partir de hoje.”
Outros parlamentares pediram o afastamento imediato do presidente da Câmara. Para o deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), Cunha é “um dos políticos mais corruptos da história do País”. Fontana afirmou ainda que Cunha tem “milhões de reais ocultados em contas no exterior. O deputado Laerte Bessa (PR-DF) saiu em defesa do peemedebista, declarando que ele tem direito à defesa. “Está cheio de juízes aqui na Casa hoje”, ironizou.