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Parlamentares vão pressionar para flexibilizar PEC dos gastos, diz ministro

O ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, disse nesta sexta-feira, 23, que deputados e senadores vão pressionar para que a proposta de emenda constitucional (PEC) que estabelece um teto aos gastos públicos não seja tão dura. No entanto, o ministro defendeu a necessidade de implementação da PEC e, numa resposta a críticas feitas por petistas à matéria, considerou que a ex-presidente Dilma Rousseff seria obrigada a propor a mesma medida se continuasse seu governo, dada a situação crítica das contas públicas.

“Não diminuir as despesas para tapar os rombos será uma destruição geral na política.” Ao participar de debate promovido pelo Insper na capital paulista, Terra disse ter convicção de que a PEC será aprovada no Congresso se o governo conseguir passar com clareza à sociedade a importância de conter as despesas da União. Segundo ele, a obrigatoriedade de o governo não aumentar seus gastos acima da inflação vai provocar um debate sobre quais são as prioridades do País.

Cunha

Filiado ao PMDB, Terra comentou ainda as recentes acusações do deputado cassado Eduardo Cunha, do mesmo partido, contra o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco.

O ministro disse ver como um ato de vingança as insinuações feitas por Cunha de que Franco estaria por trás de irregularidades no financiamento das obras do Porto Maravilha, no Rio. Segundo Terra, Cunha responsabiliza Moreira Franco pelo apoio dado pelo governo Temer à candidatura à presidência da Câmara do deputado Rodrigo Maia (DEM), que é genro do secretário responsável pelo programa de concessões.

Ao ter seu mandato cassado, Cunha disse que o Planalto encampou a agenda de sua cassação quando patrocinou a candidatura de Maia. Cunha disse que o programa de privatizações nasce sob risco de escândalo. “Não sei se o que ele fala é verdade ou não”, disse Terra.

Ao responder uma pergunta sobre o tema no debate, Terra classificou Cunha como uma pessoa polêmica, mas que conferiu “certo protagonismo” ao Congresso quando esteve na presidência da Câmara. O ministro, porém, destacou que as acusações contra Cunha são muito graves.

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