Estadão

Parlamento fez grande trabalho ao colocar teto de 17% sobre ICMS, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a aplicação do teto de 17% do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços (ICMS) aplicado sobre energia, transportes e comunicação. "O Parlamento fez grande trabalho ao colocar teto de 17% sobre ICMS. A Petrobras anunciou uma diminuição de 20 centavos no litro de combustível na semana passada. Está dando resultado", disse Bolsonaro, durante a abertura do Global Agribusiness Forum (GAF) 2022, evento realizado por entidades do agronegócio, um dia após oficializar sua candidatura à reeleição.

Voltando ao público do agronegócio presente no evento, Bolsonaro destacou a aprovação dada pelo governo à venda direta de etanol das usinas produtoras ou de importadores para os postos de combustíveis, sem passar por distribuidora. "Acabamos com a figura do etanol turista. Todo mundo ganha com isso. Não é fácil mexer com setores que estão estabilizados há anos no Brasil", disse Bolsonaro. A medida, contudo, não foi bem recebida por todo o setor.

<b>Conversa com Putin</b>

Bolsonaro disse, ainda, que tudo o que combinou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, está sendo cumprido. "Quero paz, mas não posso trazer problema de fora para nosso colo. Tivemos três horas de conversa fantástica, com interesses mútuos. Tudo que conversamos está sendo cumprido", afirmou Bolsonaro, durante a abertura do Global Agribusiness Fórum 2022.

O presidente disse que quase 30 navios com fertilizantes aportaram no Brasil depois da conversa com Putin que, segundo ele, garantiu insumos para o agronegócio brasileiro. "Desabastecimento de fertilizantes geraria queda de produtividade e talvez até desabastecimento e insegurança alimentar. A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), (Ngozi Okonjo-Iweala), me disse que o mundo passa fome sem o Brasil", afirmou.

Ainda sobre os fertilizantes, Bolsonaro destacou as novas fontes de adubos que podem ser exploradas pela Política Nacional dos Fertilizantes e criticou aqueles que o criticaram por sua visita à Rússia. "Nós temos tudo aqui no Brasil, mas o que tem de gente para atrapalhar não está no gibi", afirmou. "Alguns preferem morrer de fome do que derrubar árvore", disse.

O presidente voltou a afirmar que o governo vendeu concessões e colaborou com licenciamentos. "Olhem só a Norte Sul. A gente espera ainda no corrente ano completar esses 4.100 km", disse Bolsonaro, mencionando obras do governo para melhoria da infraestrutura do País para escoamento da safra de grãos.

Bolsonaro estava acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes, do ministro da Agricultura, Marcos Montes, do ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, do ministro das Comunicações, Fábio Faria e da presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, além do candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O evento é realizado pela Sociedade Rural Brasileira (SRB), Associação dos Produtores de Milho do Brasil (Abramilho), Aliança Internacional do Milho (Maizall), Associação dos Criadores de Gado Zebu (ABCZ), Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Fórum Nacional Sucroenergético (FNS), União Nacional do Etanol e de Milho (Unem), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e consultoria Datagro.

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