Há meses sem equipes de manejo e segurança, alguns parques de São Paulo contam só com a boa vontade e o empenho dos poucos servidores para continuar funcionando. Eles organizam mutirões para limpeza dos locais e se revezam em rondas para inibir a ação de criminosos. Nesta semana, a Rádio Estadão apresenta uma série com cinco capítulos sobre as condições desses equipamentos na capital. Foram visitados 35 dos 96 parques municipais.
De acordo com uma funcionária do Parque Lajeado, na zona leste, o administrador tem a ajuda dos frequentadores para realizar as rondas e a limpeza que mantêm a área aberta para visitação. “No final das aulas de ginástica nos reunimos e limpamos até mesmo os banheiros”, diz ela.
O primeiro capítulo da série traz a situação dos parques da zona leste, onde os furtos de celular e a presença de usuários e traficantes de drogas são comuns. Sem segurança, em alguns parques, como o Chácara das Flores, portas, batentes e até vasos sanitários são furtados.
Segundo um funcionário do Parque Águas, na Cidade Kemel, o tráfico de drogas tomou conta do local. “Traficantes entraram na sala da administração armados e exigiram que o servidor deixasse o local”, afirmou. Outro funcionário reclama da instalação de Wi-Fi grátis pela Prefeitura. Segundo ele, a presença de jovens para usar o serviço fez com que aumentasse o furto de celulares. Durante as visitas, frequentadores revelaram também o descaso com a manutenção.
Contraste
Enquanto essa situação é marcante nos parques mais periféricos, nos de maior visibilidade – como o do Carmo, em Itaquera, do Piqueri, no Tatuapé, e no Chico Mendes, na Vila Curuçá – as condições são outras: há limpeza e equipe de segurança.
Questionado sobre a situação de parte dos equipamentos públicos, o prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que a questão da segurança deve melhorar com a Operação Delegada, da Guarda Civil Metropolitana (GCM).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.