O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira, 24, que o programa Nova Indústria Brasil "não tem nada a ver" com a questão fiscal do País e que a iniciativa não terá nenhum tipo de despesa além daquela prevista no Orçamento.
"Parte do dinheiro para financiar o projeto de incentivo à indústria será captado no mercado", disse em entrevista ao <i>Portal UOL</i>. "Não tem nenhum dinheiro do governo. Na realidade, não tem impacto fiscal."
Alckmin afirmou que percebe um preconceito em relação ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e disse reiteradas vezes que o governo não fará nenhum tipo de aporte no banco de fomento.
"No programa industrial, o BNDES quer participar de fundo na área de minerais críticos em áreas estratégicas, o valor é mínimo", afirmou. "O governo não vai fazer aporte no BNDES, não vai colocar recurso a mais".
Ele afirmou que o programa tem seis missões, com linhas de atuação que ainda serão posteriormente detalhadas. O vice-presidente defendeu o caráter de apoio à inovação do programa de fomento à indústria, assim como seus aspectos de incentivo à sustentabilidade e à competitividade.
Alckmin defendeu ainda um maior acesso da indústria a linhas de crédito e citou como exemplo a proposta de criação da Linha de crédito de Desenvolvimento (LCD), que está em andamento no Congresso.
"O crédito é fundamental para a indústria. O câmbio de R$ 4,90, R$ 5, é competitivo, é só não variar muito. Os juros altos estão em queda", pontuou.