Parte da estrutura metálica que estava presa ao teto do futuro terminal remoto do Aeroporto Iternacional de São Paulo /Guarulhos desabou, por volta das 14h desta sexta-feira, justamente no momento em que o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, dava uma entrevista coletiva no auditório de Cumbica. Ele falava sobre as medidas para evitar o caos aéreo nos aeroportos neste fim de ano. Bittencourt, inclusive, havia afirmado que o puxadinho seria inaugurado no próximo dia 20, prazo que deverá ser adiado.
Ao menos dois funcionários que trabalhavam no local quando o teto desabou ficaram feridos levemente conforme anunciado pela responsável da obra, a construtora Delta. O HOJE flagrou a saída dos dois feridos, após serem medicados, acompanhados por representantes da empresa. Um deles apenas disse que o desabamento foi rápido e quando viu a estrutura já estava no chão.
Outros funcionários disseram que houve um estrondo e uma parte da estrutura caiu. Logo após, um segundo bloco ruiu e veio à baixo. Tais estruturas continham seguravam dutos de ar condicionado bem como a fiação elétrica do futuro terminal. Viaturas do Resgate do Corpo de Bombeiros e ambulâncias do SAMU e do próprio aeroporto foram destacados ao local. A área foi isolada e os funcionários foram retirados.
Em nota, a Delta informou que a situação na obra já tinha sido normalizada. No entanto, nenhum engenheiro apareceu para dar explicações. O terminal remoto começou a ser construído em julho deste ano e conta com mais de 600 funcionários que trabalham em três turnos diariamente.
Reconstrução deve demorar mais de dois meses
Com o acidente, a data de inauguração do terminal remoto não deve mais acontecer no dia 20. A Delta não quis falar sobre prazos, mas funcionários que trabalhavam no local afirmaram que, no mínimo, a recuperação de todo o trabalho que já havia sido feito deve demorar entre dois a três meses, o que prejudica a intenção da Infraero de desafogar o embarque de passageiros para as festas de fim de ano.
A previsão é de que o puxadinho atenda 5,5 milhões de passageiros anualmente conforme anúncio do próprio Wagner Bittencourt.
Ainda conforme o próprio ministro, duas empresas já estão definidas para atuarem no local. Bittencourt, durate a entrevista coletiva disse que ainda não podia divulgar os nomes das empresas, mas especula-se que sejam a Gol e a TAM.
"Companhias devem evitar o overbooking"
Durante o anúncio das medidas para preparar os aeroportos para o período de fim de ano, Bittencourt, disse que firmou um acordo com as companhias aéreas sobre a prática do overbooking (vender mais lugar do que a capacidade do avião). "Eu tenho um acordo com eles (companhias) e isso não vai acontecer", garantiu o ministro que também anunciou o aumento das equipes de atendimento, e a ocupação total de todas as posições de check in nos horários de pico e praticar o endosso de passagens entre empresas. A expectativa é que 16 milhões de passageiros embarquem nos aerportos do Brasil em dezembro. Número 12% maior em relação a média deste ano.