Economia

Participação de empresas menores nos desembolsos dobrou em 30 anos, diz BNDES

Em quase 30 anos, as micro, pequenas e médias empresas (MPME) dobraram sua participação nos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo o artigo “A atuação histórica do BNDES: o que os dados têm a nos dizer?”, estudo produzido pelo Departamento de Pesquisa Econômica do BNDES, no período 1990-94, as MPMEs ficavam em média com 16% dos desembolsos do banco de fomento. De 2015 a 2017, a participação ficou em 33%.

“Outra constatação dos autores é que os setores econômicos mais apoiados pelos BNDES variaram conforme a dinâmica da economia brasileira. Ao longo da história da instituição, a indústria recebeu a maior parte dos desembolsos do Banco, mas em determinados períodos, como entre os anos 2011 e 2017, o setor de infraestrutura se destacou.

Desde os anos 90, também ganharam força os setores de agropecuária e comércio e serviços (incluído neste último o apoio do BNDES a estados e municípios)”, diz a nota divulgada nesta segunda-feira, 23, pela assessoria de imprensa da instituição de fomento.

Ainda conforme a nota, o artigo mostra ainda que, a partir dos anos 2000, o BNDES atingiu o maior tamanho ao longo de sua história. “No auge da crise mundial, em 2009 e 2010, os financiamentos do BNDES alcançaram o equivalente a 21% da formação bruta de capital fixo (FBCF) e 4,3% do PIB, respectivamente, refletindo a atuação anticíclica da instituição”, diz a nota.

Por causa da crise fiscal e da recessão, porém, o BNDES mudou de rumo. Desde 2015, os desembolsos vêm retrocedendo, atingindo, atualmente, níveis observados no fim da década de 1990.

Segundo a assessoria de imprensa do BNDES, uma das fontes para o estudo é o site “Memória BNDES”, lançado recentemente. “A página apresenta os 65 anos de história do BNDES, por meio de uma linha do tempo com os principais acontecimentos do País e da instituição e de depoimentos de ex-empregados e autoridades, desde a criação, em junho de 1952, até os dias atuais”, diz a nota.

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