O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, começou a veicular neste sábado, 23, anúncios políticos no YouTube promovendo a imagem do chefe do Executivo. O formato mais veiculado, de apenas seis segundos e que já alcançou entre 900 mil e 1 milhão de pessoas, o exibe dando um beijo na primeira-dama Michelle Bolsonaro e na filha Laura, que veste um uniforme militar. Estrategistas da campanha de Bolsonaro tentam aproximá-lo das mulheres, público com maior rejeição ao chefe do Executivo, segundo pesquisas.
Em todos os vídeos, uma legenda pede para que o espectador não pule a publicidade. "É pelo bem do Brasil", diz o texto, que ainda exibe um QR Code que redireciona para o site da sigla, ainda fora do ar. Em diferentes formatos, os anúncios também exibem o presidente em eventos religiosos, rezando ao lado de lideranças religiosas e resgatam imagens de arquivo quando Bolsonaro ainda estava na ativa do Exército.
A música de fundo é "capitão do povo", cantada pela dupla sertaneja Mateus e Cristiano, que fora apresentada a Bolsonaro em maio, em São Paulo. Neste encontro ainda estiveram o ex-ministro da Defesa Braga Netto e o empresário Luciano Hang.
A movimentação do PL acontece um dia antes da convenção partidária que formaliza a candidatura de Bolsonaro à Presidência. Neste primeiro dia, a legenda já gastou R$ 27,5 mil com 15 conteúdos diferentes.
O PT, por sua vez, começou a veicular suas publicidades há seis dias. A sigla veicula um vídeo que exibe os contrastes políticos no Brasil e propõe o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como a resposta ao extremismo no País. Até o momento, foram gastos R$ 55 mil em 12 diferentes anúncios.
Diferente do PL, o PT dá pouca preferência a São Paulo e aposta no Rio de Janeiro como o principal lugar para alcançar o público com os anúncios. Do total de R$ 55 mil, R$ 35 mil foram gastos no Estado. O partido de Bolsonaro, até o momento, escolheu São Paulo como a maior preferência neste momento. R$ 5 mil dos R$ 27,5 mil foram gastos ali.
O Google permite que quem veicula publicidades políticas em sua plataforma possam segmentar as mensagens por localização geográfica, idade e gênero e opções de segmentação contextual, como posicionamento do anúncio, temas e palavras-chave em sites, apps, páginas e vídeos. Não é permitido usar qualquer outro tipo de segmentação nos anúncios eleitorais.