O ano de 2024 vai começar com partidos e grupos políticos tentando viabilizar os melhores nomes para substituir o prefeito Guti (PSD) que, no próximo 31 de dezembro, completará 8 anos à frente da administração de Guarulhos, a segunda maior cidade do Estado de São Paulo e um dos 10 maiores PIBs do Brasil. Em 3 de outubro, no primeiro turno das eleições municipais, em torno de 10 nomes se apresentarão aos eleitores, mas apenas 3 ou 4 com chances reais de vencer ou se habilitar ao segundo turno.
Em defesa da continuidade da gestão de Guti, hoje quatro nomes se apresentam para receber apoio do chefe do Executivo que, ao longo de 2023, obteve os melhores índices de aprovação de sua gestão, até maiores que em 2020 quando foi reeleito. Pesquisas recentes mostram que perto de 50% da população considera a gestão de Guti ótima ou boa.
O atual secretário de Governo, Edmilson Americano, ainda sem partido, o deputado estadual Jorge Wilson (Republicanos), o vice-prefeito Professor Jesus (Podemos), e o secretário de Meio Ambiente Thiago Surfista (PSD) buscam ser o indicado de Guti. Em pronunciamentos isolados, os quatro já se manifestaram que irão apoiar o candidato do governo, independentemente do nome escolhido.
A oposição ao governo se divide em alguns grupos, que até agora não apresentam qualquer consenso em relação à unidade no momento da disputa. O PT, partido de esquerda totalmente contrário à atual gestão, já anunciou que terá como candidato o deputado federal Alencar Santana, em detrimento do nome do ex-prefeito Elói Pietá, que foi rechaçado pela Executiva Municipal.
Descontente com a decisão ratificada por Brasilia, Pietá admite a pessoas próximas sair do PT e manter sua candidatura por outro partido de esquerda, como o Solidariedade, que tem o ex-prefeito Sebastião Almeida, que governou por 8 anos Guarulhos pelo PT, como presidente na cidade, ou mesmo o PSOL, de extrema-esquerda e que costuma abrigar nomes dissidentes do PT.
Ainda no espectro da esquerda, o deputado estadual Márcio Nakashima pode sair candidato a prefeito pelo PDT, partido que tem como vereador o ex-presidente da Câmara Municipal, Fausto Miguel Martello, que já demonstrou intenção de sair a prefeito, desejando que seu nome seja submetido a prévias dentro do partido. A direção municipal do PDT não gosta da ideia e sugere a saída do empresário da agremiação.
Colocam seus nomes como possíveis candidatos também a esposa do ex-deputado Eli Correa Filho (União Brasil), Francislene Correa de Almeida (PSDB) e o vereador Lucas Sanches, que deixou o PP e ingressou no PL, a espera de um apoio de Jair Bolsonaro. Porém, sua intenção foi frustrada já que o ex-presidente já se manifestou publicamente mais de uma vez que não irá apoiar um ex-integrante no MBL (Movimento Brasil Livre) que, inclusive, pregou a neutralidade nas eleições presidenciais do ano passado vencidas por Lula justamente contra Bolsonaro.
Já Francislene, apesar de se declarar pré-candidata, já flertou com a direita de Lucas e agora se aproxima da esquerda de Pietá, a quem apoiou e perdeu em 2020.
