Os Verdes e os partidos de esquerda emergiram como vencedores nos três membros nórdicos da União Europeia (UE), sublinhando a forma como as questões ambientais continuam a ser um foco de preocupação para muitos naquela região. A Suécia, a Dinamarca e a Finlândia desafiaram uma tendência observada em grande parte da UE, na qual os partidos de extrema-direita surgiram devido a preocupações com a migração.
Na Suécia, os Democratas Suecos de extrema direita, que vêm ganhando apoio há anos e se tornaram o segundo maior partido nas eleições nacionais de 2022, ficaram em quarto lugar no domingo.
Christine Nissen, analista do think tank Europa, com sede em Copenhague, disse nesta segunda-feira (10) que a segurança continua a ser a principal questão para os eleitores nos países nórdicos, seguida pelo clima e pela transição verde. Muitos partidos tradicionais nos últimos anos adotaram posições duras em relação à migração.
Na Dinamarca, os partidos pró-União Europeia prevaleceram, com o Partido Popular Socialista, amigo do clima, obtendo os maiores ganhos. Foram seguidos pelos sociais-democratas e pelos liberais, ambos no governo.
Na Finlândia, o conservador Partido da Coligação Nacional obteve o maior número de votos, quase 25%. No entanto, a Aliança de Esquerda obteve ganhos e o populista Partido Finlandês perdeu a sua quota em comparação com as últimas eleições na UE, obtendo apenas 6%. Fonte: Associated Press.