Os recuos de preços nas passagens aéreas (-12,03%) e em alimentos como batata-inglesa (-16,51%) e cenoura (-6,51%) ajudaram a desacelerar a inflação no varejo medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de março, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) saiu de uma alta de 0,55% em fevereiro para uma elevação de 0,10% em março.
Sete das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: Transportes (de 0,87% em fevereiro para 0,21% em março), Educação, Leitura e Recreação (de -1,17% para -2,22%), Alimentação (de 1,06% para 0,56%), Despesas Diversas (de 2,05% para 0,42%), Comunicação (de 0,43% para -0,31%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,56% para 0,32%) e Vestuário (de 0,34% para -0,03%).
As principais contribuições partiram dos itens: gasolina (de 2,60% para 0,35%), passagem aérea (de -6,51% para -12,03%), hortaliças e legumes (de 5,75% para -0,54%), serviços bancários (de 3,51% para 0,74%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de 0,49% para -0,46%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,95% para 0,40%) e roupas (de 0,33% para -0,11%).
Na direção oposta, a taxa foi mais elevada no grupo Habitação (de 0,32% para 0,53%), pressionada pela tarifa de eletricidade residencial, que passou de -1,50% em fevereiro para 0,35% em março.
O núcleo do IPC-DI teve alta de 0,27% em março, após um aumento de 0,42% em fevereiro. Dos 85 itens componentes do IPC, 43 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 65,48% em fevereiro para 56,77% em março.