A alta de 10,70% nos preços das passagens aéreas impediu uma redução mais acentuada nos gastos das famílias com transportes em junho. O grupo Transportes passou de uma redução de 0,04% em maio para um recuo de 0,55% em junho, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O grupo foi responsável por -0,11 ponto porcentual para a formação da taxa de 0,04% registrada pelo IPCA-15 neste mês. No entanto, as passagens aéreas foram o item de maior impacto positivo, 0,06 ponto porcentual de contribuição para a inflação de junho, ao lado da taxa de água e esgoto (alta de 3,64% e impacto também de 0,06 p.p.) e da energia elétrica residencial (aumento de 1,45% e contribuição de 0,06 p.p.).
Os ônibus urbanos também ficaram mais caros em junho, alta de 0,99%, devido ao reajuste de 33,33% em Belo Horizonte a partir de 23 de abril.
Por outro lado, os preços dos combustíveis caíram 3,75%. A gasolina recuou 3,40%, subitem com o maior impacto individual negativo, -0,17 ponto porcentual no IPCA-15 de junho. Os demais combustíveis também registraram recuos: óleo diesel (-8,29%), etanol (-4,89%) e gás veicular (-2,16%).
Os preços do automóvel novo caíram 0,84% em junho, contribuindo com -0,03 ponto porcentual no mês.