Uma das atrações do futebol brasileiro no ano que vem será Ricardo Oliveira. O atacante, após quatro anos no futebol árabe, resolveu retornar ao seu país e promete brilhar, embora tenha 34 anos e saiba que sua idade gere desconfiança. Para ter força em não desistir, o jogador se apega à religião. Além de marcar gols, também faz bonito na igreja. Ele é pastor da Assembleia de Deus, Ministério Madureira, no Brás, em São Paulo.
A fé de Ricardo Oliveira fez até com que ele abrisse uma igreja nos Emirados Árabes. Sob a batuta do pastor presidente Samuel Cassio Ferreira, o ex-artilheiro do São Paulo, Portuguesa e Santos também ajuda outros jogadores e conta, com orgulho, que muitos companheiros vão em seus cultos.
“Tem muitos amigos do futebol que frequentam nosso culto. O Thiago Ribeiro, Alex Silva, Jadson, Osvaldo, João Pedro, Betão e alguns ex-jogadores, como Edmilson e o Denilson. É legal também saber que eu posso dar uma palavra de auxílio”, disse o atacante, em entrevista exclusiva ao Estado.
Como não podia deixar de ser, por diversas vezes o futebol vira assunto em seus cultos. “Tem muitos fiéis conversam comigo e me perguntam quando eu vou jogar no time deles. Falo para o pessoal que eles me desculpem se um dia os deixei triste”, contou, rindo da situação inusitada.
De volta ao Brasil, ele tem conversas adiantadas com alguns clubes e em breve poderá anunciar seu futuro. Ele chegou a ficar próximo de acerto com o Atlético-MG durante o Brasileiro e foi sondado pelo Palmeiras.
Além dos gols, a carreira de Ricardo Oliveira ficou marcada também pelas diversas lesões. Ele garante que isso é coisa do passado e quem pensa que o atacante está velho, pode se surpreender. “Sei que existe um temor de contratar um jogador de 34 anos e que estava nos Emirados. Sempre fui muito regrado e, se você não se cuidar, pode ter 20 ou 30 que você não vai conseguir jogar. Quero mostrar para todos que idade não atrapalha em nada”, disse o atacante, que promete estar em um novo clube em janeiro.
Revelado pela Portuguesa, Ricardo Oliveira também jogou por Santos, Valencia, Betis, São Paulo, Milan, Zaragoza, Betis, Al-Jazira e Al Wasl.