O candidato do PSC à Presidência, Pastor Everaldo, reafirmou seu compromisso com o livre mercado e defendeu as reformas política e tributária, em reunião com empresários do Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE).
Em resposta às solicitações dos empresários, o candidato afirmou que seria leviano dizer que, se eleito, diminuirá a carga tributária de imediato, mas deu como exemplo a proposta de extinguir a Cofins gradualmente. Já em relação à reforma política, Pastor Everaldo afirmou que três ações são possíveis de serem tomadas de imediato. “Meu partido já apresentou projeto para o fim do voto obrigatório e o fim das coligações proporcionais, para que as pessoas votem na ideologia do partido”, afirmou.
Outra ação seria determinar que as alianças majoritárias não aumentarão o tempo de televisão nas campanhas eleitorais, ou seja, o partido que lidera a coligação ficaria somente com o tempo de TV que já tem. “O voto distrital seria uma segunda ou terceira etapa da reforma política”, disse o candidato.
Pastor Everaldo também defendeu a reforma do pacto federativo, transferindo mais responsabilidades para os âmbitos municipais e estaduais, e o Estado mínimo como forma de reduzir a corrupção. “A Petrobras é uma vergonha, afundada em dívidas e foco de corrupção”, disse.
Os compromissos foram assumidos após a apresentação de apelos dos empresários no início da reunião, entre eles a descentralização do Estado; a reforma política, com voto distrital misto (combinação dos votos proporcional e majoritário); e a intensificação das relações comerciais do Brasil com países desenvolvidos. “A relação com emergentes é importante, mas não pode substituir relação com Europa e Estados Unidos”, afirmou Mario Ernesto Humberg, primeiro coordenador geral do PNBE. Segundo ele, existe uma “convergência de pensamentos” entre os empresários e o candidato do PSC.
Humberg avaliou que Pastor Everaldo tem sido o mais “direto” entre os candidatos e que falta coragem a outros presidenciáveis. Alguns empresários chegaram a dizer que o discurso político do candidato sobre iniciativa privada soa como “sinfonia” aos ouvidos.