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Patrocinadores da Fifa mostram preocupação com condições de trabalho no Catar

As seguidas notícias sobre as condições deploráveis de trabalho para operários imigrantes nas obras da Copa do Mundo de 2022, no Catar, estão preocupando os patrocinadores da Fifa. Grandes empresas condenaram a situação dos trabalhadores e avisaram que não querem suas marcas ligadas ao evento se não houver alterações.

Após diversos protestos de grupos humanitários, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, já havia alertado o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, da necessidade de mudança. Agora, empresas como a Coca-Cola e a Visa alertaram para que haja melhorias nas condições dos operários.

“Nós continuamos incomodados com os relatos vindos do Catar relacionados à Copa do Mundo e às condições de trabalhadores imigrantes”, disse a Visa em um comunicado. “Nós já manifestamos nossa preocupação à Fifa e pedimos a eles que tomem as ações necessárias para trabalhar com autoridades e organizações apropriadas para remediar esta situação e garantir a saúde e a segurança de todos envolvidos.”

A Coca-Cola seguiu os mesmos passos e avisou que “não aceita abusos aos direitos humanos”. “Nós sabemos que a Fifa está trabalhando com autoridades catarianas para resolver as questões ligadas a trabalho e direitos humanos. Esperamos que a Fifa continue falando sobre estes assuntos seriamente e trabalhando para progressos mais profundos”, apontou.

Desde 2010, quando foi anunciado como sede da Copa do Mundo de 2022, o Catar tem sido alvo de polêmicas sobre corrupção no processo de candidatura e protestos por conta das condições de trabalho no país. Apesar das manifestações desta quarta, tanto Coca-Cola quanto Visa avisaram que não têm qualquer intenção de retirar o patrocínio da Fifa e, consequentemente, da Copa.

A polêmica sobre as condições dos imigrantes acontece, também, por conta do sistema de trabalho local para estas pessoas. O “kafala” exige que os estrangeiros busquem a permissão de seus empregadores para mudar de emprego. Se esta for negada, eles precisão deixar o país, mas os passaportes destes trabalhadores ficam em poder de seus chefes durante o contrato.

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