O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Paul Ryan, afirmou hoje, em comunicado, que rejeitará qualquer proposta que peça que seja feito um teste de religião para entrar nos Estados Unidos. Ele também ressaltou que os muçulmanos americanos que servem as Forças Armadas devem ser homenageados.
O comunicado foi elaborado em meio a uma discussão entre os dois candidatos à presidência dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton. Durante a convenção do partido democrata, o magnata foi criticado pelo pai de um capitão americano muçulmano, o advogado Khizr Khan, ao lado de sua esposa, Ghazala. O filho do casal, Humayun, foi morto em 2004 na guerra do Iraque, e Khan afirmou, num discurso emocionado, que, se dependesse de Trump, seu filho nunca poderia ter servido os Estados Unidos e ainda acusou o republicano de nunca ter feito sacrifícios pelo seu país.
Em meio a esse episódio, Khan pediu que Ryan retirasse seu apoio ao candidato republicano, mas o comunicado não faz menção à corrida presidencial norte-americana. Leia o documento na íntegra:
“A grandeza dos Estados Unidos é construída nos princípios de liberdade e preservada pelos homens e mulheres que usam o uniforme para defendê-la. Como eu já disse em inúmeras ocasiões, um teste de religião para entrar no nosso país não reflete esses valores fundamentais. Eu o rejeito. Muitos americanos muçulmanos serviram o nosso exército de forma valente e fizeram o sacrifício final. O capitão Kahn era um desses exemplos corajosos. O seu sacrifício – e o de Khizr e Ghazala Khan – deverá ser sempre homenageado. Ponto final.” Fonte: Associated Press.