Pazzuelo diz que ainda sente efeitos da covid

Diagnosticado com covid-19 em 20 de outubro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, livrou-se do vírus no último dia 4, mas, um mês após começar o tratamento, ainda sente os efeitos da doença. Ainda assim ele retomou a rotina de trabalho e participou, na sexta-feira, de mais de sete reuniões.

Pazuello reclama de cansaço, dores no corpo e inchaço. Nas conversas com amigos, ele se queixa de dificuldades em atividades cotidianas, como subir escadas.

Apesar de o governo defender o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para combater o coronavírus, como a hidroxicloroquina, o ministro também recorreu a antibiótico, corticoide e anticoagulante, além de soro para hidratação.

Na primeira cerimônia após voltar ao trabalho, no dia 11, o ministro admitiu a gravidade da doença. "Não estou completamente recuperado, é claro. É uma doença complicada. É difícil você voltar ao normal, mas a gente já consegue trabalhar um pouquinho", disse o ministro, que é general do Exército, em cerimônia na Saúde.

No dia anterior, o presidente Bolsonaro havia minimizado a pandemia, dizendo que o Brasil precisava deixar de ser "um país de maricas" e enfrentar a doença. "Tudo agora é pandemia, tem que acabar com esse negócio, pô!" E repetiu: "Tem de deixar de ser um País de maricas. Olha que prato cheio para a imprensa, para a urubuzada que está ali atrás", bradou o presidente em cerimônia no Planalto.

Dois dias após o diagnóstico, o próprio Pazuello chegou a falar que estava "zero bala", depois de tomar o "kit completo" contra a covid-19, que inclui a hidroxicloroquina.

Ao seu lado, o presidente afirmou, pelas redes, que ele era "mais um caso concreto" de que esses medicamentos "deram certo".

Até agora, 14 ministros de Bolsonaro já contraíram covid-19.

<b>Terra internado</b>

Já o ex-ministro da Cidadania e atual deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) foi internado domingo, no Hospital São Lucas, em Porto Alegre. Terra, que sempre minimizou a gravidade da covid, disse que "faria exames de avaliação e fisioterapia complementar no tratamento da covid". As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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