Estadão

PBoC flexibiliza política, mas não de forma drástica, avalia Capital Economics

Após os anúncios recentes do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) a impressão é de que a política está sendo flexibilizada, mas não drasticamente, avalia a Capital Economics. Em relatório, a consultoria prevê mais dois cortes de 10 pontos base nas taxas do banco no restante deste ano.

"É provável que o PBoC também utilize outras medidas para encorajar os bancos a baixar as taxas de empréstimo. Embora novas medidas de flexibilização estejam nos planos, o crescimento do crédito está se mostrando menos responsivo ao afrouxamento das políticas do que no passado", avalia.

A atual fraqueza na demanda por empréstimos é parcialmente estrutural, refletindo uma perda de confiança no mercado imobiliário e a incerteza causada por interrupções recorrentes da estratégia para covid zero da China, afirma a consultoria. "Esses são problemas que não podem ser facilmente resolvidos pela política monetária", pondera.

Além disso, o PBoC "ainda parece relutante em adotar estímulos em larga escala, apesar de uma desaceleração no crescimento do crédito", aponta a análise. "Como tal, acreditamos que qualquer suporte adicional ficará aquém de impulsionar uma forte recuperação" da economia chinesa, conclui.

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