Presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em Chicago, Austan Goolsbee disse que o índice de gatos com consumo (PCE) divulgado na quinta-feira, 30, veio absolutamente do jeito que os dirigentes gostariam que viesse, mostrando desaceleração da inflação. Goolsbee disse que estará especialmente atento ao componente de serviços residenciais, que, se cair aos níveis pré-pandemia da covid-19, significará que a inflação está a caminho da meta de 2% ao ano.
Os comentários foram feitos em uma sessão de perguntas e respostas, durante evento institucional.
Ele falou que a economia dos EUA parece que alcançará o "mais suave dos pousos suaves", destacando o baixo nível de desemprego em meio à desaceleração de inflação. Ele alertou, por outro lado, que choques inesperados pode atrapalhar o atingimento da meta.
Recordando choques anteriores, Goolsbee relembrou a possibilidade de um default do governo americano – que não se materializou – e a greve dos trabalhadores americanos de montadoras (United Auto Workers, UAW).
Ele afirmou que a turbulência bancária que ocorreu em março e o aperto ao crédito subsequente não arrefeceram tanto o crescimento, como muitas pessoas falaram que aconteceria.
Questionado sobre quais seriam os fatores que mais o deixam pessimista, Goolsbee citou os riscos de um "derretimento" da economia da China. Se ocorresse, seria difícil para o Fed navegar a economia para longe de uma "grave desaceleração" nos EUA, disse o dirigente.
Ele falou também que o seu "maior pesadelo" seria uma piora na inflação. "Até agora fizemos um grande progresso na inflação. Mas, se isso parar, ou houver piora, o Fed seria obrigado a levar a inflação de volta à meta de qualquer jeito", afirmou, sugerindo que o BC norte-americano poderia vir a "fazer mais".