O PDT e o PSD oficializaram na manhã deste sábado, 23, o nome do ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT) como candidato ao governo do Rio durante convenção em um clube na zona norte da capital fluminense. O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Felipe Santa Cruz (PSD) também foi apresentado oficialmente como candidato a vice-governador na chapa.
A menos de três meses das eleições, Santa Cruz desistiu da candidatura ao governo do Estado para apoiar Neves. Ele foi anunciado como vice na quinta-feira. Apoiado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), na disputa, Santa Cruz não se viabilizou no partido. Também não cresceu nas pesquisas de intenção de voto, ficando com 2% a 3% das preferências.
"Nosso grupo é o único que reúne todas as condições para mudar o quadro atual no estado do Rio. Temos a experiência da boa gestão e compromisso com o povo", escreveu Neves nas redes neste sábado, 23, durante lançamento da candidatura.
Padrinho político de Santa Cruz, Paes insistia na candidatura do ex-presidente da OAB ao governo. Era uma tentativa de fortalecer o PSD no Estado e criar musculatura política para as próximas eleições. Depois de meses sem que Santa Cruz avançasse, os dois decidiram abrir mão da cabeça de chapa. Tiveram apoio do diretório nacional do PSD na decisão.
Durante discurso na convenção, Paes criticou os dois primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto, o governador Cláudio Castro (PL) e o deputado Marcelo Freixo (PSB).
"De um lado, temos o governador que já mostrou a sua incapacidade. Do outro lado, a gente tem o sujeito que se traveste de articulado. Defende teses que nunca defendeu, faz alianças que sempre criticou para enganar o povo do Rio de Janeiro", afirmou Paes.
Pré-candidato à Presidência do PDT, Ciro Gomes relembrou o histórico de ex-governadores presos no Rio e disse que é preciso uma mudança na governança política e do modelo econômico no país.
"O Palácio das Laranjeiras (residência oficial do governador do Rio) virou antessala da cadeia. São cinco ex-governadores presos e o mais recente, cassado por roubar na saúde durante uma pandemia que matou milhares de cariocas e brasileiros. Não há saída para o Rio de Janeiro dentro do atual modelo econômico brasileiro, não há saída se o modo de governança prestigia as quadrilhas dos Piccianis, Eduardos Cunhas, que são, em um só tempo, bandidos e incompetentes", disse Ciro.