Acusado de corrupção e conspiração pela Justiça dos Estados Unidos e correndo risco de ser banido pela Fifa de todas as atividades ligadas ao futebol, Marco Polo Del Nero ficará pelo menos cinco meses longe da presidência da CBF. Esse é o prazo determinado em seu pedido de licença do cargo, apresentado no início da noite de quinta-feira.
O prazo consta em comunicação enviada aos presidentes das 27 federações estaduais. Com isso, a CBF deverá ficar sob comando do deputado federal Marcus Vicente (PP-RS) pelo menos até o início de maio do próximo ano.
Marcus Vicente, que dirigiu a federação capixaba por quase 21 anos, é vice-presidente que representa a região centro-oeste na geografia da CBF. O parlamentar foi indicado pelo próprio Marco Polo Del Nero, com quem se reúne nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro.
Del Nero anunciou sua licença do cargo na noite desta quinta-feira, horas depois de ter seu nome incluído na lista de indiciados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Ao todo, 16 dirigentes do futebol das Américas foram citados pelas autoridades norte-americanas.
“A CBF vem a público informar, face às noticias veiculadas nesta data, que o presidente Marco Polo Del Nero apresentou pedido de licença do cargo com a finalidade de dedicar-se à sua defesa, em vista de ter seu nome mencionado em acusações relatadas pela Justiça norte-americana e pelo Comitê de Ética da Fifa”, informou a CBF, na noite de quinta.