Peemedebistas chegam em clima de paz para a reunião que vai decidir o papel do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) à frente da bancada. Senadores minimizaram discussão sobre possível saída do líder e afirmaram que o encontro se trata apenas de “uma reunião normal de bancada”.
Mesmo os senadores que lideravam a oposição contra Calheiros chegaram com os ânimos mais arrefecidos para a reunião. Eles alegam que “ninguém quer provocar racha na bancada”, mas que é preciso diálogo para que a postura de Renan reflita a posição majoritária e não pessoal.
Nesta segunda-feira, 29, senadores contrários a Renan já assumiam que era pouco provável que houvesse alguma votação para destituição do líder e que o ideal seria um acordo. Eles querem ver o que Renan vai propor à bancada e acreditam que ele também deve se posicionar de forma mais conciliadora. Ainda assim, ninguém quis arriscar a definição da reunião. Os senadores preferiram não dizer se Renan sairá ou ficará à frente da bancada.
Insatisfação
Os senadores do PMDB demonstraram insatisfação com as críticas de Renan Calheiros ao presidente Michel Temer e às reformas do governo. Dezoito dos 22 senadores estiveram reunidos com Temer na semana passada, quando o assunto foi debatido.
Ontem, Renan Calheiros também demonstrou um recuo ao fazer sinalizações a Temer durante discurso em plenário. O senador agradeceu a visita do presidente ao Estado de Alagoas, que sofre com enchentes, e parabenizou Temer pela escolha de Torquato Jardim para o Ministério da Justiça. À bancada, Renan também deu indicações de que iria respeitar a posição majoritária diante dos projetos em votação, como a reforma trabalhista.