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Pela social democracia


Depois de nove anos de PT no governo federal, período em que nos colocamos na oposição, chega o momento de definir os próximos caminhos a seguir. Não podemos admitir que o país siga governado por um partido que só age em defesa da manutenção no poder. Medidas populistas, como a expansão de programas assistencialistas como o Bolsa Família, onde se privilegia a proliferação da pobreza em vez de se investir na formação de cidadãos, tendem a se intensificar.


Não por coincidência, neste 2011, ano que não há eleições, as verbas federais para programas sociais foram cortadas, para dar fôlego para o partido expor em 2012 um grande número de inaugurações. Um quadro comum em Guarulhos, onde as obras que dependam de verbas federais seguem a passos de tartarugas. São estações de tratamento de esgoto atrasadas, prédios do Minha Casa, Minha Vida que engatinham, obras viárias sem qualquer envergadura. Toda a economia de agora visa fazer caixa para o ano que vem.


Em 2012, quando o PT quer garantir eleições de prefeitos e vereadores, o dinheiro do povo voltará a ser usado para dar a impressão de que eles fazem e acontecem. Infelizmente, isso ocorre porque eles só pensam em enganar a população, como se ela se contentasse apenas com pão e circo. Porém, nesses anos de caminhada política, sabemos que a sociedade quer mais de seus políticos.


Neste sentido, nada melhor do que levar adiante os propósitos da social democracia, buscando soluções sempre pensando no coletivo em detrimento do individual. A população não quer esmolas. Quer oportunidades. Oportunidades que serão conquistadas a partir de governos sérios e comprometidos com as transformações sociais.


Saliente-se aqui mais uma ação concreta do governo de São Paulo, que vem investindo na formação profissional de jovens, a partir de parcerias inteligentes com a iniciativa privada. O programa Rede Ensino Médio Técnico é uma dessas soluções simples já implantadas. Aproveitando a estrutura já existente em escolas particulares, serão oferecidos gratuitamente à comunidade 417 cursos, que contemplam 58 especializações, com 30 mil vagas distribuídas na capital e em 90 municípios da Grande São Paulo, inclusive Guarulhos, e interior.


O que é melhor para a sociedade? O paternalismo e o clientelismo ou o carinho de quem dá a oportunidade do cidadão avançar? Com certeza, a população não quer mais ser carregada no colo. Quer sim dar passos bem à frente.


Carlos Roberto de Campos
Empresário, deputado federal e presidente do Diretório Municipal do PSDB, escreve às sextas-feiras


 

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