O número de mortos no acidente envolvendo uma balsa na Grécia subiu para dez e as equipes de resgate ainda estão investigando se mais pessoas estão desaparecidas, afirmaram autoridades italianas. Dois barcos continuam as buscas no mar Adriático.
A retirada das vítimas foi completada no início da tarde e 427 pessoas foram resgatadas, incluindo 56 membros da tribulação, afirmou o ministro de Transportes da Itália, Maurizio Lupi. De acordo com a lista original, havia 478 pessoas abordo, entre passageiros e tripulantes.
Lupi afirmou que era prematuro especular se havia pessoas ainda desaparecidas, mas sugeriu que pode ser que algumas pessoas reservaram um lugar na balsa, mas não embarcaram. Ele disse que a lista dos 427 resgatados está sendo comparada com a das 478 pessoas supostamente a bordo. Entre os sobreviventes, há nomes que não constam na lista inicial, o que indica a possibilidade de que alguns passageiros estivessem viajando ilegalmente. O comandante naval Giuseppe De Giorgi afirmou que é possível que pessoas tenha caído na água antes dos barcos salva-vidas chegarem.
Das dez vítimas, um homem grego morreu no domingo ao tentar entrar em um barco de resgate com sua esposa, que sobreviveu. Quatro corpos foram encontrados no mar nesta segunda-feira. Exaustos e com frio, 49 passageiros chegaram ao porto italiano em Bari, no sul do país, mais de 24 horas após o incêndio na balsa que viajava a partir do porto grego de Patras para Ancona, na Itália.
Os sobreviventes foram levados para hospitais no sul da Itália em pequenos números nas horas seguintes ao resgate. Muitos foram tratados por hipotermia, alguns com intoxicação por monóxido de carbono e uma mulher sofreu uma fratura na pélvis, de acordo com oficiais.
Os primeiros-ministros da Itália e da Grécia expressaram separadamente as suas condolências à vítimas e gratidão à equipe de salvamento. O grego Antonis Samras disse que a “operação maciça e sem precedentes salvou a vida de centenas de passageiros na sequência do incêndio no navio no mar Adriático sob as circunstâncias mais difíceis”. Enquanto o italiano Matteo Renzi afirmou que “os impressionantes” esforços de resgate impediram “um massacre no mar”.
De acordo com relatos de passageiros, a reação foi de pânico no momento da propagação do fogo, em que os passageiros engasgaram com a fumaça e lutaram por sua segurança enquanto sofreram com o calor escaldante dos pisos do navio e a chuva do lado de fora. Promotores em Bari vão abrir uma investigação sobre como o fogo começou. Fonte: Associated Press.