O ex-atacante Edilson, que foi pentacampeão mundial com a seleção brasileira em 2002, está entre os denunciados pelo Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) no âmbito da Operação Desventura, que desarticulou uma quadrilha especializada nos mais variados tipos de fraudes.
De acordo com a denúncia do Núcleo de Combate à Corrupção do MPF-GO, Edilson aproveitou seu prestígio para se aproximar do seu gerente na Caixa Econômica Federal e influenciá-lo a participar da fraude. A quadrilha falsificava bilhetes premiados e por prescrever e retirava a premiação no banco, dividindo os valores entre os integrantes do grupo e os funcionários cooptados. Ele nega as acusações.
Em setembro, quando a operação foi deflagrada, o MPF pediu a prisão preventiva de Edilson, o que foi negado pela Justiça Federal. À época, agentes da Polícia Federal cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do ex-jogador, recolhendo discos rígidos de computadores lá.
De acordo com a denúncia, uma gravação “indica que a atuação Edilson foi promover conversa com o gerente de sua conta bancária para cooptá-lo para o esquema de bilhetes de loteria. (Edilson) ele é conhecido como a pessoa que protege e garante a impunidade” de Eduardo, um dos integrantes da quadrilha. O ex-jogador é sempre chamado de “Edilson Capetinha” na denúncia.
Além de Edilson, outras 10 pessoas foram denunciadas como colaboradores no grupo. Há pouco mais de um mês, cinco integrantes da quadrilha já haviam sido denunciados. De acordo com o MPF-GO, no grupo há casos de “furto qualificado por fraude, estelionato, moeda falsa, falsificação de documento público, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, tráfico de influência, corrupção ativa, crime contra a ordem tributária, evasão de divisas e lavagem de dinheiro”.