O ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas, disse neste domingo, 1º, que a vitória de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara deve ser respeitada e avaliou que o peemedebista fez uma melhor articulação que o candidato do PT, Arlindo Chinaglia (SP).
O ministro pontuou que Cunha, além dos apoios angariados na base, também conseguiu votos em partidos da oposição, feito que Chinaglia não alcançou. “Ele teve maior capacidade de articulação, maior apoio e ganhou. Isso é a democracia”, disse.
Questionado se a articulação entre o Palácio do Planalto e a Câmara ficará mais difícil nos próximos anos, ele afirmou que não fará diferença, mas sinalizou de outra maneira ao descrever a personalidade de Cunha. “É um deputado que sempre teve posições firmes naquilo que entende que deve defender. E ele continuará tendo essa característica”, disse. “Só que agora ele é presidente da Câmara. Nós vamos discutir a pauta legislativa dentro do princípio da independência dos poderes”, completou.
Sobre a votação em segundo turno da PEC do orçamento impositivo, prometida por Eduardo Cunha ao assumir o novo posto, o ministro demonstrou tranquilidade. “O orçamento impositivo está já na sua votação de segundo turno. A lei de diretrizes orçamentárias de 2015 também já prevê as emendas impositivas, então essa é uma matéria já superada”, avaliou.