O ministro de Relações Exteriores da China prometeu nesta terça-feira, 11, defender os seus cidadãos no exterior. Pequim “não poupará esforços” para se proteger contra “qualquer intimidação que infrinja os direitos legítimos e os interesses dos cidadãos chineses”, disse o ministro Wang Yi em uma conferência em Xangai.
Nesta semana, um tribunal canadense decidirá se irá libertar sob fiança Meng Wanzhou, da empresa de tecnologia Huawei, a segunda maior fabricante de smartphones do mundo. A prisão de Meng assustou as autoridades diplomáticas pelo mundo, abalou os mercados internacionais e aumentou as tensões entre China e os Estados Unidos.
Na conferência, Wang não mencionou Meng. Uma porta-voz do ministério disse que Wang estava se referindo a todos os casos de chineses no exterior, incluindo a executiva da Huawei.
Em 1º de dezembro, a prisão de Meng Wanzhou veio no mesmo dia em que o presidente americano Donald Trump e o chinês Xi Jinping concordaram em uma pausa de 90 dias na guerra comercial que ameaça as negociações mundiais. Os dois governantes tentaram manter o caso de Meng separado das conversas, mas o nervosismo entre companhias e investidores irritaram os mercados globais.
Washington acusa a Huawei de usar uma empresa de Hong Kong para vender equipamentos ao Irã, violando as sanções dos EUA. O país diz que Meng e Huawei enganaram bancos sobre os interesses da empresa com o Irã.
Um juiz em Vancouver, William Ehrcke, disse que a audiência de fiança continuaria nesta terça-feira pelo terceiro dia. Fonte: Associated Press