A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou nesta quinta-feira, 18, um balanço de perdas totais de energia no ano de 2023, que somaram R$ 28,8 bilhões em custo aproximado e parcialmente pago pelos consumidores.
O transporte da energia resulta inevitavelmente em perdas técnicas, pois parte da energia é dissipada no processo de transporte. No ano passado, esse conta representou cerca de R$ 12 bilhões.
Já as perdas não técnicas têm origem principalmente nos furtos (ligação clandestina) e fraudes (adulterações no medidor ou desvios), erros de leitura, medição, etc. Esse grupo representou cerca de R$ 16,8 bilhões.
Em 2023, as perdas totais representaram 14,1% da energia injetada, sendo 7,4% referente às perdas técnicas (42,0 TWh) e 6,7% às perdas não-técnicas (38,2 TWh).
As perdas não técnicas regulatórias, que são reconhecidas nas tarifas, foram da ordem de 27,3 TWh.
Comparativamente, o consumo residencial da região Sul em 2023 foi de 26,9 TWh, segundo o Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2024 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O consumidor do mercado regulado arca parcialmente pela fraude ou furto de energia na tarifa.