A apuração, concluída às 22h desta quinta-feira , contou 12.255 votos na Chapa 1 -"União e Ação", 404 brancos e 349 nulos. A diretoria será presidida por José Pereira dos Santos, que está no cargo desde 2001. Sem oponentes, o grupo de Pereira, ligado à Força Sindical, não encontrou dificuldades para se manter no poder. Em Guarulhos, diferente de outras bases dos Metalúrgicos, devido a acordos políticos, não existe qualquer embate com outras centrais sindicais, como a CUT que domina a categoria no ABC.
Pereira concorreu ao cargo de deputado estadual pelo PDT em 2010. Apesar do partido ter participado da chapa de Oposição ao prefeito Sebastião Almeida (PT) nas eleições do ano passado, Pereira teve participação discreta, não aparecendo para apoiar o candidato Carlos Roberto (PSDB), que tinha como vice a também sindicalista Telma Cardia (PDT). Curiosamente, passada a eleição, com a vitória do petista, o PDT foi agraciado com um cargo de primeiro escalão. O candidato a vereador derrotado Abdo Mazloum assumiu a Secretaria Municipal de Assuntos Legislativos. O partido conseguiu eleger dois vereadores, que não estão participando dos movimentos organizados pela Oposição.
Pereira reafirmou que a plataforma de trabalho será fortalecer a ação nas fábricas de Guarulhos, Arujá, Mairiporã e Santa Isabel e intensificar o apoio à luta dos moradores por melhoria nos bairros. Ele também destacou a unidade da categoria no ano em que o Sindicato completa meio século: "Essa unidade mostra consciência e maturidade política dos metalúrgicos".
Para Pereira, a ação sindical deve ser ampla. Ele diz que "o Sindicato defende um modelo econômico focado na produção, no fortalecimento do mercado interno, no trabalho decente e na distribuição da renda". Ainda cobrou dos governos municipais, estaduais e da União mais apoio à qualificação profissional.
Presente à apuração, Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força), criticou o governo federal: "Dilma só escuta os empresários e agora está privatizando os portos". O deputado e presidente da Força Sindical fez um chamamento aos trabalhadores para a manifestação das Centrais Sindicais em Brasília, dia 6 de março. E prometeu: "Vamos mobilizar 50 mil e mostrar que a classe trabalhadora quer outro rumo para o Brasil".