Momentos depois de o lateral Felipe Jonatan revelar que o Santos ainda não tinha acertado o pagamento dos salários atrasados ao elenco, o presidente José Carlos Peres veio a público para informar que solucionou o problema. O dirigente garantiu que quitou os vencimentos de fevereiro, que deveriam ter sido debitados no início de março.
“Estamos na gestão desde janeiro do ano passado e nunca atrasamos salários. Não estamos quebrados, foi apenas um problema de fluxo de caixa. Queria dizer que foi saldado o salário dos jogadores hoje, cumprimos o que tínhamos prometido”, afirmou nesta segunda-feira.
Na última quinta-feira, Bruno Carbone, membro do Comitê de Gestão, chegou a garantir que o Santos quitaria o valor em até 48 horas, o que não aconteceu. De acordo com Peres, o problema foi o fundo de investidores acionado pelo clube para garantir a verba.
“A gente tinha uma antecipação do dinheiro do Real Madrid, próximo a R$ 90 milhões (referentes à venda de Rodrygo), que acabou não ocorrendo porque um grupo de investimentos, cinco dias antes do pagamento, nos avisou que ela só viria no dia do pagamento. Acreditamos”, explicou.
O presidente explicou que o grupo foi o responsável pelo pagamento do seguro de Emiliano Sala, jogador argentino morto em acidente aéreo no Canal da Mancha. “O grupo recuou. Eles acharam que não deviam mais trabalhar com futebol. Por isso, nos deram dor de cabeça.”
Peres também admitiu o “desconforto” criado com o pagamento exclusivamente dos vencimentos da comissão técnica. E ao tomar conhecimento de que os atletas ainda não haviam recebido os salários referentes a fevereiro, o técnico Jorge Sampaoli chegou a devolver a quantia que lhe foi paga.
“Pagamos apenas a parte da comissão técnica, gerou um desconforto. Mas está tudo equacionado, bola para frente. A boa notícia é que o clube saldou o débito que tinha e creditou o que os jogadores tinham direito. Lamentamos o atraso, pedimos desculpas aos atletas, mas no futebol brasileiro há clubes grandes com atraso de 90 dias”, comentou.