Estadão

Perspectiva ainda é de retomada do crescimento no 4º trimestre, afirma Fazenda

Após a divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, de alta de 0,1%, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda afirmou em nota que, para o último trimestre do ano, a perspectiva é de retomada do crescimento na margem. Enquanto isso, o carry-over (carregamento estatístico) para a atividade em 2023 passou a ser de aproximadamente 3%.

"As revisões e divulgação do PIB do 3T23 não alteram a perspectiva da SPE, de retomada do crescimento no 4T23. Nesse trimestre, na comparação interanual, o setor agropecuário deve seguir com desaceleração, enquanto os setores industrial e de serviços devem apresentar maiores taxas de crescimento, beneficiados pelas melhores condições financeiras e de crédito, pela resiliência do mercado de trabalho, com destaque para o avanço do rendimento real, e pelas políticas de incentivo ao investimento produtivo", aponta nota divulgada na manhã desta terça-feira, 5, pela SPE, comandada pelo economista Guilherme Mello.

De acordo com o cenário da SPE, na comparação interanual, a Agropecuária deve seguir desacelerando, mas a Indústria e os Serviços voltam a mostrar expansão no ritmo de crescimento. Na avaliação do órgão, a Indústria tende a se beneficiar com a redução nos custos do crédito, com os programas de estímulo ao investimento e de construção de moradias populares (como PAC e Minha Casa, Minha Vida) e com os estímulos à atividade na China.

No caso do setor de serviços, a expectativa é de contribuição da recente expansão da massa de renda, impulsionada pela geração líquida de postos de trabalhos e pelo aumento do rendimento real, sobretudo para as classes mais baixas, "que têm se beneficiado de maneira mais significativa com a desinflação em curso".

Ainda na avaliação da SPE, o setor também deverá se beneficiar com a redução da inadimplência e comprometimento de renda das famílias que, "junto com a melhoria recente das condições financeiras, tende a impulsionar as concessões de crédito e o ritmo de expansão do consumo nesse último trimestre".

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