O Peru cancelou nesta segunda-feira sua participação na edição de 2016 do Rally Dakar, cujo início estava previsto para Lima, sob a justificativa de prevenir possíveis efeitos do fenômeno El Niño.
Segundo meteorologistas, o mais provável é que o fenômeno climático, que começou em março, seja o de maior intensidade em mais de uma década. A expectativa é para que ele não apenas afete o clima, mas que, de distintas formas, atinja as vidas das pessoas em diferentes latitudes.
O Ministério do Comércio Exterior e Turismo do Peru disse em um comunicado que decidiu “cancelar” a participação no rali, “em razão do impacto que o fenômeno El Niño poderia ter em diferentes áreas do país”.
O Rally Dakar passou pelo território peruano em 2012 e 2013. A programação inicial era de que a prova começaria em Lima em 3 de janeiro, depois atravessaria a Bolívia e iria terminar na Argentina no dia 16 de janeiro.
No Peru, o fenômeno implica no aumento da temperatura no litoral peruano do Pacífico. Em julho, o governo do país declarou estado de emergência em 1.200 localidades como medida de prevenção.
No país andino, os efeitos mais nocivos do fenômeno El Niño ocorreram entre 1997 e 1998, quando, segundo dados oficiais, 59 pontes foram destruídas, além de 884 quilômetros de estradas, 42 mil casas e 73 mil hectares de plantações. As exportações do setor pesqueiro diminuíram 76,5% e as perdas nacionais foram de US$ 1,2 milhão.