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Pescadores são resgatadas após 4 dias à deriva no mar no Ceará

Oito pessoas foram resgatadas perto do arquipélago de Fernando de Noronha na noite desta quinta-feira, 24, depois de passarem quatro dias naufragados dentro de um bote em mar aberto. Eles estão internados em hospitais de Fortaleza, passam bem e devem receber alta em breve.

Os náufragos, pescadores que estavam a bordo do barco Rei Artur, foram resgatados por outros pescadores, a 15 quilômetros da costa cearense na praia de Caponga, em Cascavel, a 60 quilômetros de Fortaleza.

Provenientes de Natal (RN), assim que chegaram ao Porto do Mucuripe, em Fortaleza, na noite de 25 de dezembro, os oito homens, desidratados e com cortes pelo corpo, receberam atenção médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Seis deles foram encaminhados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima do Mucuripe, na Praia do Futuro. Os outros dois, mais debilitados, foram levados para o Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Todos se recuperando bem.

Em nota, a Capitania dos Portos atesta que os náufragos estariam pescando perto do arquipélago de Fernando de Noronha, quando foram atingidos por um tormenta. “São informações ainda preliminares. Estamos fazendo um relatório mais detalhado. Mas a princípio acredita-se que eles pegaram tempo ruim e naufragaram, ficando à deriva em alto mar até chegarem ao litoral cearense”, disse o suboficial de plantão da Capitania dos Portos do Ceará, capitão Francisco Rodrigues.

Um navio mercante que passava pelo litoral cearense avistou os potiguares à deriva e comunicou ao barco Rio Praça, que fez o resgate, levando-os para Mucuripe, em Fortaleza.

Um dos pescadores relatou que o piso da cozinha do barco cedeu e eles ficaram por quatro dias num bote, economizando água e ração. “Não chegamos a beber água do mar. Quando vimos o navio apitamos e gritamos até que sermos resgatados. Saímos de Natal no dia 19 e pretendíamos voltar no dia 27, mas com um dia de alto mar notamos que começou a entrar água no barco e ele acabou afundando. Partimos para o bote, onde ficamos sem desespero até o Natal e fomos salvos”, contou o pescador Luís Antônio Brito ao jornal Diário do Nordeste.

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