A Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos (ACE-Guarulhos) e o Ciesp-Guarulhos realizaram uma nova pesquisa para identificar os impactos da pandemia de coronavírus nas empresas da cidade. O levantamento foi feito entre os dias 21 de março e 4 de julho e coletou respostas válidas de 120 estabelecimentos, que, juntos, empregam cerca de 5.600 funcionários.
As empresas participantes do estudo responderam 13 questões relacionadas ao tema, com 28 blocos de alternativas abertas e/ou de múltipla escolha. Dos 120 empreendimentos analisados, 57 são do setor de serviços, 33 do industrial e os outros 30 atuam no comércio.
De acordo com José Roberto Vitorelli, vice-presidente de Comércio Exterior da ACE-Guarulhos e um dos responsáveis pelo levantamento, entre os números obtidos pela pesquisa, alguns merecem ser destacados, como o baixo número de estabelecimentos que registraram colaboradores infectados pelo vírus.
“Das 120 empresas analisadas, registramos 25 que confirmaram casos positivos de COVID-19 entre seus funcionários, ou seja, 21, 2% do total. Isso mostra que a maioria tomou os cuidados necessários para evitar a disseminação da doença”, pontuou o dirigente.
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Ainda segundo o diretor, outros dados levantados que chamaram a atenção estão relacionados ao faturamento dos empreendimentos guarulhenses. Para Vitorelli, o cenário econômico de hoje deve servir de alerta aos empresários.
“Mais de 90% dos estabelecimentos que forneceram respostas válidas, mais precisamente 112 empresas, indicam redução no faturamento atual em comparação aos últimos meses. Destes, 70%, ou 84 empreendimentos, já registraram queda nas vendas desde o início do surto”, enfatizou o diretor.
Presidente da ACE-Guarulhos, Silvio Alves salientou que controlar a pandemia é o primeiro passo para a recuperação econômica e apontou que a confiança, tanto do empresário como do consumidor, será recuperada com o tempo.
“Se os dados econômicos relacionados ao passado recente e ao presente não são os mais animadores, em contrapartida, pudemos observar que há um grande zelo pela saúde nestas empresas estudadas. Isso é fundamental para que o futuro seja promissor. Tanto é verdade que 57 empresas esperam manter o quadro de funcionários, enquanto 49 estimam demissões e 14 não souberam responder. Podemos dizer que há um otimismo entre os empreendedores sobre uma possível recuperação nos próximos meses”, avaliou o presidente.