Os níveis de confiança sobre o desempenho econômico são mais altos na América Latina do que em qualquer outro lugar no mundo. A América Latina é a região que lidera o otimismo empresarial para o novo ano, de acordo com a edição de 2011 do International Business Report (IBR) da Grant Thornton. Este é o primeiro ano em que a América Latina lidera em otimismo.
Na América Latina, 75% dos proprietários de empresas no setor privado se declararam otimistas em relação ao desempenho econômico da região para 2011. No resto do mundo, o otimismo na região Ásia-Pacífico (sem Japão) é de 50%, enquanto na América do Norte é de apenas 26%. A Europa é a região menos otimista de todas, com um balanço de 22%. A média global foi de 23%.
O Brasil ocupou o quinto posto de otimismo em nível mundial, com 79%, só superado pelo Chile (com 95%), país que apresenta o nível mais alto de otimismo de todos os países pesquisados pelo segundo ano consecutivo, e acima da Argentina (70%) e do México (64%). Os empresários brasileiros se mostram ainda mais otimistas do que em 2010 (71%).
Segundo Jobelino Locateli, CEO da Grant Thornton Brasil, o otimismo do empresário brasileiro cresce a cada ano, com forte alicerce no crescimento sustentado, com o índice inflacionário dentro das metas do governo. "Nos últimos anos, as economias emergentes que têm atraído mais atenção no mundo são os países do BRIC: Brasil, Rússia, Índia e China. No entanto, a América Latina tem apresentado grandes progressos. A região como um todo espera um crescimento do PIB de cerca de 4% em 2011, e se a atual confiança empresarial se traduzir em crescimento sustentado em grande escala, a América Latina poderia alcançar realmente o seu potencial durante a próxima década. Se a história econômica da última década ficou centrada nos BRICs, estes resultados sugerem que na próxima década se focará na América Latina."
"O sucesso e o desenvolvimento alcançados pelo Brasil têm tido um impacto grande nos países vizinhos. O crescimento econômico sustentado do país, que segundo o FMI poderia chegar a 7.5% em 2010, está impulsionando a região e contagiando de otimismo o Chile, a Argentina e até o México. Vale ressaltar também a reação em cadeia gerada pelo fato do Brasil ter sido escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Estes eventos terão um impacto econômico real em toda a América Latina, o que, sem dúvida, reflete um sentimento de confiança e otimismo", afirma Locateli.