Pesquisadores produziram mapas digitais do subsolo de Stonehenge, patrimônio mundial da humanidade, usando um radar de penetração do solo, magnetômetros (instrumentos que medem o magnésio) de alta resolução e outras técnicas para observar profundamente o solo embaixo do famoso círculo de pedras.
O projeto produziu mapas detalhados de 17 monumentos usados em rituais antes desconhecidos e de um enorme prédio de madeira, que os pesquisadores acreditam ter sido usado para cerimônias fúnebres, informou a Universidade de Birmingham, nesta quarta-feira.
“Novos monumentos foram revelados, assim como novos tipos de edificações nunca antes vistos por arqueólogos”, disse o professor Vincent Gaffney, coordenador da pesquisa.
O projeto também descobriu grandes covas pré-históricas, algumas que parecem ter sido alinhadas com o Sol e novas informações sobre assentamentos e campos romanos, a Era do Bronze e a Era do Ferro, informou a universidade.
O professor Wolfgang Neubauer do Instituto Ludwig Boltzmann de Prospecção Arqueológica e Arqueologia Virtual, em Viena, afirmou que os novos mapas tornam possível “pela primeira vez, reconstruir o desenvolvimento de Stonehenge e de sua paisagem ao longo do tempo”.
Arqueólogos e outros estudiosos têm escavado e elaborado teorias sobre Stonehenge desde os anos 1620. O monumento, a 140 km ao sul de Londres, atrai mais de 1,2 milhão de visitantes anualmente, incluindo, na última semana, o preside dos EUA, Barack Obama.
As universidade britânicas Nottingham, Bradford e St. Andrews e a Universidade de Gante, na Bélgica, também estiveram envolvidas na pesquisa. Fonte: Associated Press.