Estadão

Petróleo fecha em alta, com fraqueza do dólar e expectativas de cortes de juros de BCs

O petróleo subiu mais de 3% nesta quinta-feira, 14, estendendo as altas da quarta-feira, 13, favorecido pela queda do dólar ante rivais e com investidores ainda reavaliando a trajetória de juros dos bancos centrais das principais economias, após decisões de manutenção das taxas básicas do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), e ainda seguindo a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) da quarta-feira.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro de 2024 o fechou em alta de 3,04% (US$ 2,11), a US$ 71,58 o barril, enquanto o Brent para o fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 3,16% (US$ 2,35), a US$ 76,61 o barril.

O analista Craig Erlam, da Oanda, destaca que, mesmo com dúvidas sobre a demanda após falas dos presidentes do BCE, Christine Lagarde, e do BoE, Andrew Bailey, sobre desaceleração de suas respectivas regiões, o petróleo conseguiu manter o movimento de alta no pregão.

Erlam ainda avalia que a commodity permanece muito perto dos suas mínimas recentes, mas conseguiu manter fôlego com a perspectiva de cortes profundos nas taxas por parte dos bancos centrais no próximo ano. "A questão agora é se os bancos centrais estão respondendo antecipadamente ou se será tarde demais. Os preços do petróleo nas próximas semanas poderão oferecer algumas informações sobre as expectativas do mercado a esse respeito."

Também no radar de investidores, está a revisão de relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), que elevar projeção de demanda da commodity em 2024. A Marex destaca o fato que a AIE citou melhoria nas perspectivas de crescimento para os EUA, apesar de reforçar preços mais baixos do petróleo.

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