Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta, com um salto de mais de 4% do WTI, diante do recuo do dólar e da piora das tensões no Oriente Médio. O movimento também foi respaldado pelo relatório semanal que mostrou queda mais acentuada do que a esperada dos estoques de petróleo nos Estados Unidos. Os ganhos interromperam três sessões consecutivas de queda dos contratos.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em alta de 4,26% (US$ 3,18), A US$ 77,91 o barril, enquanto o Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 3,55% (US$ 2,77), a US$ 80,84 o barril.
No pregão eletrônico, após o fechamento do mercado, a alta do WTI chegou a superar 5% e o avanço do Brent acelerou para mais de 4% depois que <i>The New York Times</i> informou que o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, emitiu uma ordem para o país ataque Israel em retaliação pelo assassinato, em Teerã, do líder do Hamas, Ismail Haniyeh.
O movimento acontecia em meio ao recuo do índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de divisas fortes, após a decisão do Federal Reserve (Fed) de manter as taxas de juros inalteradas, em linha com as expectativas, conforme anúncio feito nesta tarde.
Circulam relatos de que Estados Unidos estão "muito preocupados" que o assassinato do líder do Hamas possa atrapalhar as negociações sobre o acordo de cessar-fogo e reféns em Gaza e aumentar o risco de uma guerra regional.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que "os próximos dias serão desafiadores" e que está "preparado para qualquer cenário".
Os estoques de petróleo nos EUA caíram 3,436 milhões de barris, na semana encerrada em 26 de julho. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam queda de 200 mil barris.