O petróleo encerrou em baixa a primeira sessão da semana, marcada por volatilidade. Investidores ponderam sobre a extensão dos riscos geopolíticos à oferta, entre ataque letal a soldados americanos na Jordânia e especulações sobre novo acordo de cessar-fogo em Gaza.
O WTI para março fechou em baixa de 1,57% (US$ 1,23), a US$ 76,78 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex); e o Brent para abril recuou 1,35% (US$ 1,12), a US$ 81,83 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os preços subiram no início da manhã, na esteira do ataque a drone lançado nesse domingo, 28, contra tropas dos EUA na Jordânia. O presidente americano, Joe Biden, afirmou que a ofensiva foi conduzida por "grupos radicais apoiados pelo Irã que operam na Síria e no Iraque", embora Teerã tenha negado envolvimento. É mais um fator que eleva preocupações de escalada nas tensões no Oriente Médio, que têm apoiado o petróleo desde o estopim da guerra entre Israel e Hamas, em outubro passado.
Mas relatos de que negociadores de Israel, dos EUA, do Egito e do Catar concordaram com as bases de um novo acordo de cessar-fogo com o Hamas ajudaram a apaziguar os temores. Segundo o analista Michael Hewson, da CMC Markets, essa notícia pressionou a cotação do petróleo.
CEO da Navellier, Louis Navellier alertou que o "caos no Oriente Médio" e as perturbações nas rotas marítimas podem causar interrupções no transporte e na produção de petróleo dentro dos próximos meses. Ele citou ainda a possibilidade de a Ucrânia bombardear os oleodutos de petróleo da Rússia como outro risco altista para a commodity.