O petróleo estendeu as perdas da quarta-feira e fechou em queda nesta quinta-feira, 23, ainda em reação às dúvidas levantadas após o adiamento da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e em dia de liquidez limitada, devido ao feriado do Dia de Ações de Graças dos Estados Unidos.
No pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro de 2024 operava em queda de 1% (US$ 0,77), a US$ 76,33 o barril, enquanto o Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 0,77% (US$ 0,63), a US$ 81,25 o barril.
Na visão da Oanda, a reação inicial do mercado após o adiamento da reunião da Opep+ pareceu sugerir "que os traders encaram isto como uma falta de unidade por trás dos cortes na oferta no início do novo ano".
Ainda que tenha havido mais de uma especulação ao longo do dia, a análise alerta que é necessário esperar até a reunião para saber de fato há unidade do cartel e se a Arábia Saudita e a Rússia precisarão de fazer "alguma mudança adicional" para manter os preços da commodity elevados.
Olhando para a nova data da reunião, a Capital Economics avalia que a Arábia Saudita e a Rússia irão prorrogar os cortes voluntários da produção. "Para o resto do grupo, poderá haver uma reversão das cotas de produção de volta aos seus níveis de junho para alguns dos produtores africanos do grupo, como a Nigéria, para refletir as recentes melhorias na oferta."
Já o Julius Baer destaca que a situação está "tensa" nos mercados de petróleo e as notícias recentes ofereceram muitas informações para avaliar, com a política petrolífera se caracterizando como "uma fonte de drama" de mercado e de volatilidade de preços à medida que o ano termina. "O clima do mercado já é bastante pessimista, o que acarreta os riscos de movimentos contrários no curto prazo."