Estadão

Petróleo fecha em queda, com dólar forte, após Brent se aproximar de US$ 96 o barril

O petróleo fechou o dia em leve baixa, após o Brent operar boa parte do pregão acima de US$ 95 por barril, mas pressionado à medida que a atratividade era prejudicada pelo fortalecimento do dólar. Investidores ainda esperavam novidades da reunião do Federal Reserve (Fed), que começou hoje e divulga decisão de política monetária amanhã.

O contrato do WTI para novembro, agora mais líquido, fechou em queda de 0,11% (US$ 0,10), em US$ 90,48 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês caiu 0,10% (US$ 0,09), a US$ 94,34 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Ambos os contratos ainda rondam máximas desde novembro de 2022.

Amanhã, o Federal Reserve divulgará nova decisão de política monetária e, embora seja quase unânime no mercado que o banco central manterá os juros, os investidores devem acompanhar de perto o comunicado, as projeções e as declarações do presidente do BC americano, Jerome Powell, para medir se um "pouso suave" da economia americana realmente será possível, afirma Edward Moya, analista da Oanda. "Hoje tudo diz respeito ao Fed e se ele vai desencadear temores de recessão", avalia.

O clima na véspera da decisão fez crescer um ambiente de alguma cautela e a commodity devolveu os ganhos vistos em parte do pregão. Ao longo do dia, o Brent chegou a bater máxima de US$ 95,96, recebendo apoio pela perspectiva de déficit no mercado da commodity, em meio a cortes recentes na produção.

Segundo a Capital Economics, os preços dos barris devem se manter nos níveis atuais, ou até acima disso. "As preocupações com um déficit de oferta fizeram hoje os preços do petróleo se manterem altos, prolongando a recuperação que começou há três meses e aumentou o preço do WTI em mais de 35% no geral", diz a Capital Economics em relatório.

No fim da tarde de hoje, o American Petroleum Institute (API) divulga pesquisa semanal sobre estoques de petróleo e derivados dos EUA.

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