O petróleo fechou nesta terça-feira, 21, sem direção única, perto da estabilidade, depois de ter escalado nas últimas sessões, com o mercado na expectativa para a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) marcada para este fim de semana.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI para janeiro encerrou a sessão em queda de 0,08% (US$ 0,06), a US$ 77,77. Na Intercontinental Exchange, o barril do Brent para o mesmo mês subiu 0,16% (US$ 0,13), a US$ 82,45.
"Os preços do petróleo estão se consolidando depois de terem subido mais 6,3% nas últimas duas sessões, apoiados pela ideia de que Opep+ poderá anunciar novos cortes de produção", comentou o Bannockburn em relatório.
A Opep+ realiza a reunião do Comitê de Monitoramento Ministerial Conjunto (JMMC) no domingo, 26, onde deverá ser decidido se os atuais cortes de produção de petróleo serão mantidos, ampliados ou interrompidos.
"O grupo não teve vergonha de cortar a produção no passado, quando os preços caíram, apesar da reação pública negativa que inevitavelmente se segue", levantou o analista Craig Erlam, da Oanda, em relatório. O economista destaca que as restrições à produção russa e saudita serão o foco desta sessão, já que os seus cortes expiram ao fim do ano.
Já a Marex destacou que, por mais que haja uma persistente expectativa de que a Opep poderá reduzir sua produção mais uma vez, prevalece a visão de que o cartel apenas estenderá a restrição atual para 2024 e não determinar novos cortes. Além disso, a consultoria cita a declaração da Agência Internacional de Energia (AIE) de que a produção global pode ficar em superávit no ano que vem, a despeito da ação da Opep, como um driver pressionando preços nesta terça.
Também no noticiário, os preços do petróleo russo dos Urais voltaram a subir acima do limite de US$ 60 por barril, segundo a <i>Reuters</i>, apesar das novas sanções dos EUA.
O Irã, por sua vez, anunciou que sua produção de petróleo atingiu 3,4 milhões de barris por dia (bpd) no acumulado do ano até o momento, e disse prever que chegará ao fim do ano em 3,6 milhões de bpd. O governo iraniano também projeta que a produção deverá aumentar e alcançar 4 milhões de bpd em 2024.