Estadão

Petróleo fecha perto da estabilidade, entre otimismo com demanda do Ocidente e temor por China

O petróleo fechou em alta e perto da estabilidade nesta segunda-feira, 11, com temores com uma desaceleração chinesa contrabalançando perspectivas otimistas para a demanda americana e europeia. A sessão calma precede dias de agenda econômica intensa, com direito a decisões de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).

O petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 0,13% (+US$ 0,09), a US$ 71,32 o barril, ainda abaixo da marca de US$ 70, que ultrapassou na sessão anterior. O Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 0,25% (US$ 0,19), a US$ 76,03 o barril.

A cotação oscilou entre território positivo e negativo durante o dia, mas sem muita aceleração para cima ou para baixo. A analista Susannah Streeter, da Hargreaves Lansdown, disse que o otimismo com as economias de EUA e Reino Unido apoiaram o petróleo, mas que os ganhos deverão ser contidos em meio às preocupações com a China.

A inflação ao produtor (PPI) e ao consumidor (CPI) da China caíram mais do que o esperado por analistas consultados pelo <i>Wall Street Journal</i>, de acordo com dados publicados nesse fim de semana. Analista da CMC Markets, Michael Hewson avaliou que os temores com a demanda global após os indicadores limitaram a tendência altista vista na sexta-feira, 7, quando o petróleo fechou em alta.

Segundo a analista Isabela Garcia, da StoneX, essa valorização pode estar associada com o anúncio do Departamento de Energia nos Estados Unidos, na semana passada, de compra de até 3 milhões de barris de petróleo até março de 2024. "O mercado entende que o processo de compra pode influenciar a demanda no curto prazo. Mas vale frisar que o processo de restocagem deve se estender por longos períodos", comentou ela. "Em geral, o que a gente observa é ainda a ausência de fundamentos altistas relevantes."

No noticiário, o <i>New York Times</i> reportou que a Arábia Saudita se tornou o maior obstáculo a um acordo de eliminação progressiva dos combustíveis fósseis na COP28. A petroleira Occidental Petroleum anunciou que vai adquirir ativos da CrownRock por US$ 12 bilhões, fortalecendo seu portfólio onshore nos EUA com ativos da Bacia Premier Permian, localizada majoritariamente no estado do Texas.

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